Em meio à Recuperação Judicial Eternit cresce com aquisições e inovações.
Em meio à Recuperação Judicial, Eternit cresce com aquisições e inovações.
Em 2017, o STF proibiu no país a comercialização de produtos fabricados com amianto. A matéria-prima possui potencial cancerígeno e era utilizada pela Eternit na fabricação das telhas.
Diante das restrições impostas pela Justiça e pela desconfiança do consumidor, a marca intensificou aposta no fibrocimento, se desfez de negócios pouco rentáveis, renovou o portfólio e pôs em prática projetos de ampliação e construção.
“Mantivemos o foco naquilo em que tínhamos mais competitividade”, relembrou o Executivo Luís Augusto Barbosa, CEO e presidente da Eternit.
Como forma de soerguimento empresarial, a Eternit enxugou a estrutura da empresa, se desfez de negócios pouco rentáveis e projetou novas aquisições, renovou o portfólio e pôs em prática projetos de ampliação e construção.
Sem desperdiçar tempo e de olho na continuidade dos negócios “pelos próximos 80 anos”, a empresa criou um departamento de inovação e dá andamento a projetos ligados à sustentabilidade. Um deles é a fabricação e comercialização de telhas fotovoltaicas, que transformam a luz solar em eletricidade.
Assim, através de todo o planejamento e estratégia de reestruturação, a empresa obteve em 2021 o melhor resultado dos últimos 10 anos!
Apesar da diversidade do seu novo portfólio, o amianto ainda traz lucro. A empresa explora uma mina própria em Goiana e exporta a matéria-prima para os EUA e à Alemanha, além de países do sudeste asiático. Apesar disso a companhia discute com o STF se poderá manter a exportação. Entretanto a empresa caminha com um projeto-transição para transformar a área da mineradora em um agronegócio, com cultura de café.
Além dos fatores mencionados, houve ajustes que fizeram a Eternit crescer ainda mais no mercado competitivo e os números de 2021 comprovam isso, uma vez que a empresa obteve, por exemplo, lucro líquido de 269 milhões de reais.
Assim sendo, pode-se verificar que a Recuperação Judicial permite que a empresa com dificuldades financeiras apresente um plano de reestruturação aos seus credores, incluindo reorganizações societárias, sob a proteção da lei.